Não consigo olhar para a luz, cega-me o coração e não consigo olhar para ninguem porque, simplesmente, não tenho olhos.
A minha morte é vivida às escuras,sendo cada vez mais dada às almas possuídas pelo demónio. Porém, eu continuo tomada pelos espíritos sombrios que não permitem que o meu coração se apaixone, por quem quer que seja, nem me deixam viver uma ficção, que sempre foi vivida pelo diabo.
Apaixonada? Nunca. Mas não há ninguém que goste de mim, que se digne a falar comigo, ou pura e simplesmente me consiga olhar nos olhos. Não existe nenhum anjo que em queira bem, nem que me empregue uma mão, uma mão para me apoiar nos pequenos grandes momentos de fraqueza simultaneamente mutua.
É nesta morte em que os anjos merecem morrer, espalhando sangue por toda a parte, onde apenas um Deus não chega, onde os vivos, morrem e os mortos são despejados em ocenaos opácos e entenebrecidos. E eu torno-me num espírito maligno e ensombrado finalizado pela vida...
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